Você sabe identificar quando o seu pet está com dor?
Eles não choram nem gritam como os humanos. E justamente por isso nem sempre são bem interpretados. Os animais de estimação sentem dor, mas demonstram de maneiras diferentes. E o difícil, muitas vezes, é identificar isso.
De acordo com a veterinária Josimara Cazetta cães, gatos e aves reagem de forma parecida. “Mancar, movimentar a língua muitas vezes com ruídos altos, vômitos recorrentes sem motivo aparente, movimento repetitivo de lamber e mordiscar patas e articulações, olhos tristes e lacrimejantes são sinais de alerta”, conta.
Outros comportamentos também podem indicar que o bichinho está com dor. Entre eles estão a apatia, ficar muito tempo deitado, não brincar e levantar-se com dificuldade. Foi o que aconteceu com o gato Mimi, de 1 ano e meio. Após uma cirurgia de castração, os pontos inflamaram e, com a dor, veio a apatia. “Ele ficava o tempo todo deitado, não brincava conosco e se afastou de nós”, conta Bruna Tagliari Tardetti. A solução foi chamar o veterinário em casa. Essa é a principal orientação em casos de suspeita de dor. “Hoje existem medicamentos muito eficientes, mas devem ser ministrados com cautela e por um profissional da área, pois medicamentos de humanos podem ser tóxicos para os pets”, completa Josimara.
O controle e tratamento da dor também podem ser feitos com medicação homeopática, fitoterápicos, sessões de acupuntura, cromoterapia e mudanças nos hábitos alimentares.
Outra avaliação importante está no clima. Os animais percebem mudanças climáticas com antecedência e em quadros de osteoartrite, problemas reumáticos e luxações a dor pode aumentar. A buldog francês Bela, de seis anos, é cadeirante há três. De acordo com a veterinária ela teve paralisia por não receber cuidados adequados nos primeiros quadros de dor. “Ela começou com dores nas costas, que evoluíram para uma lesão permanente”, completa. Este caso serve como alerta para que o dono procure tratamento assim que perceber algo diferente no animal.
Agressividade
Em alguns casos o animal fica agressivo e intolerante. Caso isso aconteça, isolar não é a solução. A orientação é mantê-lo no ambiente de convívio. “É preciso respeitar o limite e o limiar de dor desse animal, pois violência gera violência. Muitos donos querem impor sua vontade em animais debilitados e isso pode gerar agressão”, conta Josimara. Outra sugestão é manter-se calmo diante da situação para não estressar ainda mais o animal.
Fonte: gazetadopovo.com.br
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