Como vivem os pardais

Como vivem os pardais

Pardais são pequenos pássaros encontrados em quase todos os continentes. O pardal é a mais familiar das aves, encontrando-se em todos os locais habitados por pessoas, no campo ou na cidade.
O mais comum é o pardal inglês. Outras aves pertencentes à família dos pardais são o pardal-das-canções, o pardal-de-garganta-preta, o pardal-de-coroa-branca e o pardal-das-árvores da Eurásia.
São pássaros resistentes que se adaptam ao ambiente.
Altamente versátil, esta ave pode prosperar em quase qualquer lugar e é muitas vezes considerada um incômodo por pessoas que esperam ver pássaros nativos.

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Origem do Pardal

O Pardal, ave europeia, introduzida no Brasil para eliminar insetos e vermes. Introduzida no Rio de Janeiro no início do século XX, com o intuito de ajudar na redução dos mosquitos da cidade.
Embora o pardal coma insetos, sua base alimentar principal são grãos, de modo que é pouco efetivo no controle de populações desses invertebrados. Colonizou grande parte do Brasil por meios próprios ou auxiliado por mãos humanas. Atingiu as grandes cidades da Amazônia antes das ligações terrestres serem estabelecidas.
Por depender dos ambientes urbanos, semiurbanizados ou áreas de cultivo, acompanha a colonização do centro-oeste das últimas décadas. No Pantanal, está presente nas grandes cidades e nas sedes de fazendas. Nos locais com agricultura, afasta-se mais das casas, embora retorne a elas todos os dias para dormir ou reproduzir-se.
Ao contrário do que é popularmente dito, não afasta o tico-tico das redondezas das casas. Esse último diminui ou some à medida que a urbanização aumenta, fazendo desaparecer o ambiente e as presas de que necessita.

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Espécies de pardais

Os pardais domésticos são pequenos, com pouco mais de 5,4 cm, e podem ser espremidos em ninhos montados para outras espécies menos comuns.

Os pardais-das-canas são uma visão comum nas bordas de florestas e pântanos, em jardins e quintais e campos enormes. Este pássaro tem asas largas e cauda arredondada. Sua coloração é geralmente marrom, cinza e branco, com listras contrastantes dessas mesmas cores. Os machos empoleiram-se em galhos baixos nas árvores para cantar.

Os pardais de garganta negra vivem em arbustos em ambientes desérticos, principalmente no México e no sudoeste dos Estados Unidos. Tanto o macho quanto a fêmea são pequenos, com cerca de 14 cm de comprimento e 15 gramas de peso. Estas aves comem principalmente insetos no chão. Durante a época de acasalamento, o macho de garganta preta guarda um vasto território, mas uma vez que os ovos eclodem, ele defende apenas a área imediatamente ao redor do ninho.

Os pardais-de-coroa-branca comem sementes, mas a maioria de sua dieta é composta de vespas, besouros e lagartas. Essas aves capturam suas presas pulando para trás para virar uma folha e, em seguida, pulando para frente para atacar o inseto. Tanto machos quanto fêmeas cantam, embora o canto das fêmeas seja menos robusto e só ocorra durante a época de acasalamento. As coroas brancas acasalam nos ramos baixos dos arbustos no Canadá e nos EUA, mas constroem seus ninhos no solo na tundra do Alasca.

Os pardais eurasianos ocupam a maior parte da Europa e da Ásia e foram introduzidos nos EUA no século XIX. Quase exclusiva para o estado do Missouri, esta ave não pode competir com o pardal-doméstico mais agressivo e vive em grande parte em parques e áreas agrícolas. Com uma envergadura média de 21 cm, esta ave é encorpada com uma conta grossa e pernas curtas. Nos Estados Unidos, essa espécie é em grande parte preta e branca, mas na Europa existem 33 variedades diferentes. O eurasiano come apenas sementes e grãos.

São conhecidas cerca de 700 espécies, a maioria concentrada no hemisfério Norte.

Os pardais das Américas vivem em quase todos os ambientes. Os pardais-cantadores são encontrados em áreas de arbustos, os pardais-manchados habitam as florestas, os pardais-palustres vivem em zonas pantanosas, os pardais-vespertinos se reúnem nas campinas e os da espécie Amphispiza belli são achados em regiões desérticas. Existem também os que habitam as cidades. O pardal-doméstico e o pardal-das-árvores são originários da Europa e encontrados nas zonas temperadas de todo o mundo.

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Características

Apresenta dimorfismo sexual, tendo o macho tons castanhos mais escuros e a fêmea uma lista supraciliar clara.
O macho distingue-se ainda da fêmea por uma coroa cor de chocolate e um bibe preto que se alarga pelo peito.
Mede entre 14 e 15 cm e alimenta-se de restos de comida, de sementes e de insetos.
Pardais tendem a forragear comida no solo e usam um movimento saltando quando não estão em voo. O voo deles é direto, sempre agitando as asas e nenhum período de voo livre.

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O bico é preto e os pés são cinza-rosado.
Vivem em média 12 anos.
Apresentam asas curtas, cauda de porte médio e cabeça relativamente grande. São gregários, e constroem seus ninhos em grupos.
Os machos apresentam duas plumagens:
-Durante a primavera: apresentam cor acinzentada na região do píleo e na fronte; cor preta no loro e na garganta (formato de um babador); cor marrom com riscos prestos nas asas e região dorsal; cor cinza-claro ou branca no rosto, peito e abdômen. As penas coberteiras e as remijes apresentam cor preta no centro e as pontas são em tons queimados.
– Durante o outono: cor preta no loro; garganta com coloração apagada ou quase que inexistente. A plumagem no outono é menos evidente; a mandíbula superior é preta e a mandíbula inferior é preta-amarelada.

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As fêmeas apresentam cor acinzentada no píleo; marrom nos loros, fronte e bochechas; supercílios em tom esbranquiçado. As remijes e a região dorsal são similares a dos machos. Indivíduos jovens apresentam as mesmas características das fêmeas.

Reprodução

Pardais formam pares monógamos para cada estação de procriação. São construídos ninhos entre fevereiro e maio. Na época do acasalamento o macho procura um lugar adequado. Este lugar pode ser o oco de uma árvore no campo, o beiral de um telhado ou a saliência de um edifício na cidade.

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Com o território estabelecido, ele chama uma fêmea que esteja próxima. Enquanto mostra-lhe a casa, ele eriça a penugem negra do pescoço. Se ficar satisfeita, a fêmea entra no ninho e a família está constituída. São construídos ninhos de vegetação seca, penas, cordas, e papel. Machos e fêmeas incubam os ovos para períodos pequenos de alguns minutos cada. São gerados de um a quatro ovos por vez, incubados durante 10 a 14 dias. Depois que os ovos forem chocados, machos e fêmeas alimentam o jovem por regurgitação.
Os ovos são postos durante qualquer época no período reprodutivo.
O pardal é gregário o ano todo, formando bandos mais expressivos após o período reprodutivo. Porém, em alguns lugares do país já se reproduz o ano inteiro.
O macho, com seu característico desenho negro na cabeça e garganta, além das listras marrons laterais, canta continuamente em um beiral de casa ou outro local coberto.
A fêmea, atraída pelos chamados, é intensamente disputada com outros machos (às vezes com bicadas e pancadas de asa). Decidida a disputa, começa a pegar capins para construir o ninho, auxiliada pelo macho. Ambos cuidam da prole e, havendo condições, várias ninhadas saem seguidamente.
Prolifera de tal modo que pode ser a ave mais comum em uma cidade.

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Curiosidades

– Os pardais domésticos vivem perto dos humanos nos beirais dos telhados das casas, nos semáforos e nos letreiros das lojas.
– Alimenta-se principalmente de todo tipo de restos de alimentos humanos. Mas também pega insetos, que procuram nos galhos ou mesmo capturam em voo.
– As pessoas em geral não gostam muito do pardal, talvez por ele ser meio feioso, com pouco colorido e por ter uma voz monótona, sem nenhuma graça. Mas é bonito ver bandos imensos chegando de tardinha para dormirem juntos numa árvore frondosa. Costuma formar grandes bandos, que podem atingir as 500 unidades.
– O pardal é uma ave útil: funciona como um lixeiro, eliminando detritos que serviriam para a proliferação de baratas ou ratos. Da mesma forma eliminam grande número de insetos.
– O ninho é um amontoado de capim geralmente feito em alguma cavidade, debaixo de telhados, ou até nos canos onde são afixados os semáforos, no meio do movimento das ruas!
– O pardal é injustamente acusado de espantar as outras aves. Na verdade nós é que as espantamos, eliminando áreas verdes, poluindo o ar, fazendo barulho… O pardal é o bode expiatório disto tudo.
– Predadores naturais: Muitos falcões e corujas caçam e alimentam de Pardais. Outros predadores conhecidos que se alimentam dos filhotes e ovos incluem gatos, cachorros, guaxinins, e muitas serpentes.
– Os pardais e os agricultores não têm uma relação muito amigável, pois a ave causa prejuízos a pomares e plantações de cereais. Nas cidades é comum vê-los em bandos barulhentos ao entardecer e só se aquietam quando chega a noite.

 

Fonte: Portal São Francisco

 

 

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